Nada como acordar cedo, enfrentar fila na Unidade Básica de Saúde e descobrir que… não tem enfermeiro para o atendimento. O cenário, que parece piada de mau gosto, é a dura realidade para muitos moradores de Limeira. A falta de profissionais virou rotina nas UBS do município — e, pelo visto, paciência também está em falta.

A pergunta que não quer calar: qual o número atual de enfermeiros em atuação nas unidades? Será que existe um cálculo honesto sobre quantos seriam necessários para dar conta da demanda? Enquanto respostas objetivas não chegam, o que sobra são justificativas. Sobrecarga, salários pouco atrativos, processos lentos de contratação… cada dia uma explicação diferente.

Enquanto isso, a população paga a conta — literalmente, com tempo, saúde e muita paciência. Afinal, quem sofre primeiro são os pacientes, que enfrentam demora no atendimento, acúmulo de funções para poucos funcionários e, muitas vezes, acabam sem o cuidado necessário.

O futuro? Parece sempre um plano de ação que está “em estudo”, enquanto o número de enfermeiros segue insuficiente. A promessa de contratação se arrasta e o prazo para resolver a situação é uma incógnita digna de novela.

Resumo da ópera: falta de enfermeiros nas UBS é um problema crônico, que afeta o atendimento básico e revela, mais uma vez, as fragilidades da saúde pública.

Informações do requerimento de autoria do Carlinhos do Grotta